adeus

Deu-me uma súbita vontade de escrever sobre ti. Sei que é inútil, porque não irás ler isto, mas estou desesperadamente contente por finalmente te querer dizer adeus de vez. Já pensei na nossa história e imaginei-a de milhares de maneiras diferentes. Mas mesmo após toda essa reflexão, não de apenas um dia, mas de vários, cheguei à conclusão de que não a poderíamos ter vivido de outra forma. Somos o oposto um do outro em praticamente tudo e aquilo que vivemos foi mágico e fico feliz por ter acontecido, mas sei que não iria durar muito. Talvez o nosso fim tenha sido estúpido, na verdade, acho que foi mesmo. Como é óbvio, arrependo-me de algumas coisas, mas aprendi com elas e acho que tu deverias fazer o mesmo. Mudança é vida. Cresci e evolui contigo, mas, mesmo que tentasse, não acredito que conseguisse voltar a aproximar-me de ti. Acho que não mereces, acho que ainda não aprendeste tudo o que havia para aprender com o nosso (inexistente) nós. A vida é mesmo isto, descansa. É a (des)ilusão constante nos nossos dias. É o céu azul e o mar atormentado. (…) Não teremos mais as nossas mãos unidas como um só, nem os beijos e as palavras reconfortantes, mas podemos guardar essa sensação no nosso coração, naquele cantinho onde se encontram todas as memórias esquecidas e perdidas pelo tempo. Adeus.