28.1.11

entende.

É uma explosão de sentimentos que me ataca o peito e me sufoca a alma. É o teu choro de criança e o teu riso de menino que permanecem na minha mente. São as tuas palavras doces e o teu olhar ternurento que me lembram o quanto gosto de ti. Por vezes dou por mim a gritar o teu nome, mas gritar e ninguém responder é a tristeza mais triste que eu já conheci. Estás distante e eu nada consigo fazer para que isso mude. Sinto-me cansada, perdida, fria. Sinto amor, saudade, raiva. Como podes tu, e apenas tu, provocar este efeito em mim ? Como consegues despir a minha felicidade e deixá-la morrer ao frio ?
Demoraste algum tempo a arrendar o meu coração e agora que o tens na tua posse fazes dele o que queres. Voltas lá de vez em quando para saberes se ainda lá tens lugar, mas apenas o visitas. Não o usas como uma casa e agora já nem como um refúgio.
"Esqueceste-te de mim ?", as perguntas teimam em permanecer na minha cabeça. A verdade é que não tenho respostas para elas e isto corrói-me.
Desejo e espero que seja tudo uma falácia, que não passem de macaquinhos na minha cabeça, por enquanto há que desfrutar e parabenizar todas as ocasiões, por mais simples e mínimas que possas parecer. As minhas palavras pintam-se de verde, na esperança de com elas os teus sentidos despertem desse lado que há muito hibernou. Elas querem refutar o teu coração, o teu outro lado que já transpareceu. Não és parvo nenhum, sei que entendes o que digo, o que não digo e até o que se encontra entre linhas. Se queres desistir, diz. Põe de lado fugir, afastar, desprezar (...) só vai piorar. Enfrenta-me.

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