catarina mendes.

Sinto que devia ter saudades tuas, mas no entanto, não as tenho. Cansei-me de ti. É incrível, nunca pensei que isso pudesse acontecer, nunca pensei que as pessoas se pudessem cansar umas das outras. É verdade, sinto-me culpada pela forma como te deixei, mas cheguei ao meu limite, levaste-me à exaustão principalmente no último ano. Cansei-me das tuas atitudes, da tua amizade controladora, dos teus ciúmes sem sentido, cansei-me de me sentir presa e constrangida por ti. É certo que foste importante e que me ajudaste, apoiaste, defendeste e divertiste muito, mas cansaste-me e eu não consigo voltar a estar e a falar contigo. Por enquanto não, nem da mesma forma. Peço desculpa, bem sei que isso não vale de nada, pois por te conhecer tão bem tenho a certeza que te parti o coração com as minhas palavras brutas, mas é só o que te posso dizer. Espero e desejo-te a maior felicidade, mas longe de mim. Lembra-te dos bons momentos e tenta perceber o meu lado, ainda tens muito que mudar, acredita (…) As minhas palavras podem agora não valer de nada, mas um dia, quando já fores madura o suficiente, irás entender que todas as tuas atitudes foram exageradas e muitas delas, incompreendidas. Se nunca chegares a essa conclusão, então é grave. É sinal de que não te tornaste madura o suficiente, é sinal de que não cresceste o suficiente para te aperceberes dos teus erros e tentares aprender com eles. Não, não estou a criticar-te, estou a tentar abrir-te os olhos pela última vez. Agradecer-te não chega, mas a única palavra que, no meu vocabulário, expressa melhor a intenção que te quero transmitir é: obrigada.


P.S.: Recordo-me de um dia, te teres queixado de que não tinhas nenhum texto para ti no blog, mas que a patrícia tinha. As razões pelas quais eu escrevi para a patrícia não foram exactamente as melhores, mas olha, aqui tens o teu texto, com o teu nome e tudo.