8.11.11

Aqui estou eu. Acho que voltei. Há bastante tempo que não tinha esta súbita vontade de escrever. O tempo é escasso e a vida monótona demais, acho que é compreensível. Estou a meio de um trabalho e a precisar de “espairecer”. Existe qualquer coisa em ti, escrita, que me deixa completamente livre, longe daqui e de tudo, bem comigo própria, sem medos e pensamentos não corretos, mas mesmo que assim sejam, tu “ouves-me” e fazes-me sentir, muitas vezes, compreendida (…) Confesso que tinha saudades de escrever, mas o problema  incidia a maior parte das vezes sobre o tema.. Confesso que também me habituei a não querer falar das coisas, nem escrever. Tornei-me num mistério, tantas vezes também para mim própria, mas o pior é o medo que me invade inúmeras vezes sem que eu o deixe transparecer de maneira alguma. Tornei-me forte, mas esse forte levou-me igualmente a tornar-me fria e eu não sinto necessidade, pelo menos não tanto e tantas vezes como antes, de me mostrar sensível, de me dar a conhecer totalmente aos outros, de me mostrar a mim e às minhas fraquezas…… Aqui estou eu. Num novo ano. Com uma nova perspetiva de vida. A tentar adotar o novo acordo ortográfico sem me enganar. A tentar não morrer pela monotonia da minha vida. Com os objetivos ainda melhor definidos. Com as ideias no sitio certo. A perceber que as melhores coisas da vida não são as que toda a gente pensa que são. Aqui estou eu. Não muito melhor, mas estou, vou cá ficando e vivendo e aprendendo e sorrindo, como sempre. 

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